A diferença entre apego e afeto

Outro dia conversando com uma psicóloga sobre afeto e apego, cheguei a conclusão de que os dois precisam caminhar juntos na relação entre pais e filhos. Mas porquê?

O afeto diz respeito ao amor e carinho que podemos oferecer ao outro, já o apego, é sobre o comportamento de proteção, cuidados básicos e atenção as necessidades emocionais do outro.

Veja que um sem o outro não funciona, eu posso amar muito meu filho, mas se não der importância para as suas emoções e sentimentos, de nada adiantará meu amor. E do outro lado, eu posso me preocupar muito com os sentimentos e emoções do meu filho, mas se não der amor e afeto, de nada adiantará.

Já pensou nisso? Ser pai e mãe é uma coisa complexa, que precisa de leitura e informações. Estamos falando de seres humanos que vão crescer, se desenvolver e ter suas famílias. Precisamos ficar atentos e observar como estamos educando e criando nossos filhos.

As crianças aprendem com os adultos, portanto seja um bom exemplo.

Não tem jeito, os mais velhos acabam sendo “espelhos” para os mais novos. Eles querem imitar tudo e fazer tudo igual e isso tem uma explicação. Na infância, as crianças não tem medo de experimentar coisas novas e adoram aprender vendo o que o mais velho faz, seja um irmão, primo e até os pais. Porém é preciso ter muita atenção, pois as crianças não conseguem discernir o certo e errado.

Os mais velhos se tornam a imagem que a criança irá tentar espelhar, na cabeça dela aquela pessoa é mais esperta e deve ser copiada. Esse efeito de espelhar-se vira um obstáculo quando o adulto ou uma criança mais velha não é um bom exemplo.

Conhece os 3 pilares do aprendizado? Ensino, experiência e exemplo

Se a criança faz um desenho de um pneu e pinta de amarelo, alguém ensina ela que a cor correta é preta. Se queremos ensiná-la a comer sozinha damos comida na sua boca como exemplo e depois, pedimos para repetir a ação até acertar e ter a experiência real daquela situação.

O processo é simples e constante, baseando-se no comportamento dos mais velhos, a criança vai criando uma base do que é certo e errado.

Reaprendizagem Criativa

Caso você, por exemplo, seja muito rígido e “ensine” sem permitir que a criança experimente, pode causar nela o medo de fracassar. Mesmo se aquela ação for dar errado, o que custa deixar que a criança tente para depois ensinar ou permitir que ela descubra sozinha?

Como a criança busca referência no adulto, se ele realiza pequenas ações erradas ou fala palavras inapropriadas, a criança irá copiar. A maneira como o adulto age é a base de aprendizado para aquele futuro adulto agir também.

Não é necessário dar apenas grandes exemplos, os micro já influenciam muito e se forem “ruins” terão consequências.

Muita gente não dá o exemplo, não deixa a criança experimentar e quer que ela aprenda pelo ensino, mas onde entra a experiência? Deve-se oferecer liberdade para que a criança tente, erre e acerte. Ou melhor, liberdade para que ela seja a cientista que todos nós somos ao nascer.
Como adultos é necessário ter cuidado com o que ensinamos para seres tão suscetíveis, não podemos nos esquecer que um dia serão adultos e irão dar o exemplo também.

Não existe idade para mudar sua forma de ensinar uma criança, basta cortar os extremos (cuidado, rigidez, proteção demais são os mais comuns) e motivar a coragem inata daquela criança para manter sua criatividade enquanto cresce.

Ainda não foi descoberta a forma correta de criar crianças, mas já sabemos que privá-las de suas experiências não é o melhor.

Dê foco ao que seu filho tem de melhor

Quem gosta de ser hostilizado? De ter foco nos erros? Os adultos quando erram, tentam disfarçar ou “colocar para debaixo do tapete”, sim, alguns também assumem e aceitam o erro. E as crianças, você acha que elas gostam de focar nos seus próprios erros? A resposta é NÃO.

O que você faz quando seu filho erra?
“Nossa, você não faz nada direito mesmo, hein.”
“Caramba, eu já não te falei que não é assim que se faz?”.
“Nossa, eu acabei de te ensinar, você não presta atenção em nada mesmo.”

Pode ser que você já tenha falado isso e tudo bem, não estou aqui para julgar ou apontar o erro dos pais, o que quero é que você reflita e pense na criação das crianças.

Vamos criar filhos autoconfiantes e com autoestima elevada? Vamos criar filhos sem medo, que desafiam e aceitam seus erros?
Então, precisamos focar nas melhores ações e no que nossos filhos tem de melhor.

Podemos elogiar e incentivar, mesmo quando eles erram:
“Você quase acertou, vamos tentar de novo?”
“Faça do seu jeito e depois eu vejo se podemos melhorar algo.”
“Você está no caminho certo, mas podemos melhor um pouco.”

Texto: @meumundoinfantil

Não é normal criança ter medo de tudo

As crianças que estão crescendo ao nosso redor estão criando medos e bloqueios que não é nada normal e que não “nascem com elas”. A infância é o período mais leve para se viver, onde é possível errar, arriscar, explorar, sem medo das consequências. Na primeira infância, vivemos os primeiros anos de nossa vida e são esses anos que vão “ditar” os próximos, até a vida adulta. Essa fase é a mais intensa de desenvolvimento e de potencialidades. É preciso muita atenção no vínculo criado com seus pais e os primeiros aprendizados, pois eles afetam seu desenvolvimento físico, cognitivo, emocional e social.

A criança na primeira infância precisa se arriscar, pois assim aprenderá os seus limites e a ter mais autonomia e independência. Ela precisa explorar, pois assim terá uma vivência natural e aprendizados. Ela precisa errar, pois assim vai aprender com seus atos e perceber suas consequências.
Texto: @meumundoinfantil

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Não é meu filho, mas é responsabilidade minha

Se os adultos pensam que só precisam se preocupar com a educação e criação de seus filhos, olhando apenas para si e sua família, estão enganados. Os amigos do seu filho também são de responsabilidade sua. Não que você tenha que educar, mas você pode ajudar nessa missão.

Se você já se deparou com um amiguinho mal educado, que não sabe se comportar na casa dos outros, que não respeita os comandos e muito menos, os adultos, saiba que você é responsável por isso. Não deixe isso pra lá ou passar por você, sem nenhum ensinamento. Essas atitudes são resultados de uma criação, muitas vezes, livre de limites e deveres, então, a criança fica perdida, ou seja, ela não tem culpa de nada. Como você pode ajudar?

1. Mostre como é bacana ser respeitoso e educado;
2. Explique algumas situações e mostre como ele se sentiria se passasse por aquilo;
3. Mostre que a educação é extremamente importante, e como podemos chegar longe com ela.
4. Dê exemplos com o seu filho, para que ele também possa ajudar o amigo em alguma situação difícil ou triste;
5. Converse olhando no olho, não grite, compreenda o tempo dele e a criação que ele tem, mas não deixe de falar e ensinar.
Texto: @meumundoinfantil

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Como saber como seu filho foi na escola?

// NÃO PERGUNTE… //
Quando você quiser saber como foi o dia do seu filho (a) na escola, não pergunte: Como foi na escola? Sabe por quê? A resposta será: Foi tudo bem.

Uma coisa que eu sempre faço com o Caio e dá muito certo é contar sobre o meu dia, alguns acontecimentos, alguma coisa que me deixou triste, algo que me marcou… Ele sempre se sente a vontade e conta várias coisas do seu dia, coisas que o deixaram triste/feliz, atividades que fez na escola, o que aprendeu, atitudes dos amigos e etc.

Reparou como mesmo sem eu perguntar como foi o seu dia, ele me contou tudo, inclusive como se sentiu em várias situações e ainda citou alguns episódios com os amigos? Pois é, essa é uma ótima maneira de você saber sobre os sentimentos e emoções do seu filho na escola, como se sente perante os amigos, como está sua socialização e como está seu desenvolvimento escolar.

Faça com seu filho (a) e me diga se deu certo. Tenho certeza que você vai se surpreender com as respostas e histórias que ele (a) vai te contar.

Conversa em família: o diálogo não pode acabar

Fui criada em um lar com muito diálogo e explicação e tenho certeza que isso só me trouxe benefícios. É triste ver que na era da tecnologia que vivemos, falar parece uma coisa do passado. No supermercado, na padaria, na rua, na farmácia… as pessoas estão com os olhos voltados para as telas dos celulares. O mais triste é saber que em muitas casas, essa realidade é bem comum. Os pais e os filhos ficam divididos nas suas telas e mal se falam.


Ninguém quer saber como foi o dia do outro e muito menos como o outro está se sentindo. Falar parece que virou coisa do passado. As pessoas só se “falam” pelo celular, e quando se falam. Muitas vezes estão voltadas para as redes sociais, jogos online e trabalho. O diálogo familiar não é algo comum e é aí que “mora o perigo”. Os sentimentos ficam repreendidos, a internet é livre e o aprendizado fica por conta da vida, o famoso “aprender com a vida”.

Não! Não deixe a vida explicar para os seus filhos, seja você o porta-voz de como é o mundo. Explique, converse, olhe no olho, compreenda, seja paciente e, principalmente, tenha cautela com as palavras, elas podem machucar e ferir, para sempre!
Texto @meumundoinfantil
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A correria do dia a dia não pode atrapalhar a sua relação com a família

Sei que com a correria do dia a dia, muita gente acaba descontando nos outros suas frustrações e decepções. Eu vejo muitos pais respondendo grosseiramente para o seu filho, sem paciência e tolerância, descontando o stress do seu dia, naquela criança, que, muitas vezes, acabou de chegar da escola e só está pedindo atenção.

Sei que não é fácil separar stress do trabalho X tempo com a família, sei que muitas vezes as coisas saem no automático, mas o que eu quero que você reflita é exatamente isso: Você vive no automático e nem curte os momentos ou você vive intensamente todos eles? Está aproveitando o tempo que tem ao lado da sua família ou está pensando no trabalho 24h por dia?

Muitas vezes você nem percebe que o que o seu filho está pedindo é um minuto da sua atenção, é uma conversa olho no olho, uma brincadeira ou uma história. Muitas vezes, as crianças estão querendo carinho e amor e os adultos não enxergam esses simples pedidos, não é mesmo?!

Entenda a dor de uma criança

Depois de uma semana intensa, o Caio se sentiu cansado, com dor de cabeça, dor na barriga… Não era a mesma criança, estava diferente mesmo. Eu poderia ter falado: “Não é nada filho, daqui a pouco passa”. Mas sabe o que eu fiz?


Falei que deveria ser cansaço, que eu sabia o que era aquilo, pois também estava me sentindo sem energia, cansada das atividades e compromissos da semana. Abracei ele e pedi para que ficasse do meu lado. Conversamos um pouco e depois fomos dormir.

Sabe como eu fiz ele se sentir? Acolhido e com amor e carinho. Compreendido também, afinal entendi a “dor” do seu momento e o trouxe para um abraço bem apertado.

Que tal se você trocasse o “vai passar” por um abraço cheio de amor? Tenho certeza que seu filho vai amar e vocês dois se sentirão cada vez mais conectados e próximos. Já pensou nisso?